Comerciantes em Porto Alegre ansiosos pela demolição do Esqueletão


A demolição do prédio Galeria XV de Novembro, popularmente conhecido como Esqueletão, localizado na Rua Marechal Floriano, no Centro de Porto Alegre, continua a ser uma questão complexa e sem previsão clara para conclusão. Os trabalhos de demolição foram iniciados em janeiro, mas foram embargados pelo Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE) no final de fevereiro. Recentemente, a demolição foi parcialmente liberada.

Enquanto isso, os comerciantes da área estão ansiosos para saber quando a demolição realmente começará e quais serão os impactos sobre o comércio local.

Vânia Cippolat é responsável por uma loja na Otávio Rocha de frente para a lateral do prédio. Ela expressa incerteza quanto à forma como a demolição será realizada e ao futuro uso do espaço. Vânia acredita que a longo prazo a demolição poderá trazer benefícios para o comércio da região, mas antecipa transtornos significativos durante o processo.

“A expectativa positiva vai ser muito a longo prazo, porque acho que a negativa é muito maior, ela predomina mais porque vai ser um transtorno bem grande. Eles falam que vão fazer a demolição à noite, mas também falaram que as obras da revitalização seriam à noite e não foi”, disse considerando que para a estética do Centro Histórico, a demolição vai ser positiva.

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Vladimir Franco, que trabalha diariamente em frente ao Esqueletão, observa uma nova movimentação no entorno do prédio e acredita que a remoção do material deve ocorrer à noite para minimizar os efeitos sobre o comércio.

A Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (SMOI) informou que a Superintendência Regional do Trabalho do Rio Grande do Sul decidiu levantar parcialmente o embargo e autorizou a demolição de quatro pavimentos com acesso pela Rua Otávio Rocha. No entanto, a prefeitura ainda não definiu uma nova data para o início da demolição nem um cronograma atualizado para a execução da obra.

A empresa Demolidora FBI é responsável pela demolição, que está prevista para ser realizada em oito etapas, abrangendo 19 andares e 13 mil metros quadrados do edifício, com um investimento público de R$ 3,79 milhões. O processo será conduzido de forma mista: as etapas iniciais utilizarão métodos manuais nos andares superiores e nas torres laterais, empregando ferramentas como marteletes e talhadeiras, além de maquinaria pesada. O bloco central, com dez pavimentos, será demolido por implosão.

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